O Governo da Lituânia vai tomar uma decisão sobre o regime fronteiriço com a Bielorrússia esta quarta-feira, após as conversações entre as agências fronteiriças dos dois países que tiveram lugar ontem, informou Remigijus Motuzas, presidente do Comité Parlamentar Lituano para os Negócios Estrangeiros, citado pela agência TASS.
Segundo Motuzas, a decisão final sobre o regime fronteiriço deverá ser anunciada durante a reunião do Conselho de Ministros. O executivo de Vilnius pretende reabrir a fronteira com a Bielorrússia antes da data inicialmente prevista, 30 de novembro.
O responsável parlamentar sublinhou que a crise na fronteira é mais extensa do que se pensava inicialmente. A pressão para reabrir a fronteira não vem apenas de transportadoras lituanas, mas também de outros países prejudicados pelas interrupções nas cadeias de abastecimento.
“Hoje estamos a concentrar-nos mais nos problemas das nossas transportadoras. Sim, isto é muito importante, mas, enquanto diplomatas, sabemos que este problema surgiu numa escala mais ampla: Ásia Central, China e outros países também estão insatisfeitos porque várias cadeias de fornecimento e o transporte de mercadorias foram interrompidos. Por isso, esta questão é muito mais significativa”, explicou Motuzas.
A Associação Nacional de Transportadoras Rodoviárias da Lituânia (LINAVA) considera que a Bielorrússia não cometeu erros nesta situação e que a Lituânia deveria ter detetado contrabandistas no seu próprio território, em vez de encerrar as fronteiras.
No último fim de semana, transportadoras lituanas realizaram protestos em Vilnius contra o encerramento das passagens fronteiriças com a Bielorrússia, alertando as autoridades para os prejuízos que negócios legítimos estão a sofrer devido à medida.
A 29 de outubro, o Governo lituano autorizou o encerramento das passagens fronteiriças com a Bielorrússia até 30 de novembro. A passagem fronteiriça de Salcininkai (Benyakoni do lado bielorrusso) encontra-se fechada a todo o tráfego, enquanto a de Medininkai (Kamenny Log na Bielorrússia) continua aberta para indivíduos, com exceções específicas autorizadas.














